A situação do deputado federal Betinho Rosado não está nada fácil. 
Isolado politicamente desde que trocou o Democratas pelo Partido 
Progressista, sem a justa causa, o parlamentar corre o risco de ficar de
 fora do “chapão” que começa a ser montado em torno do PMDB para as 
disputas proporcionais em 2014 – para a Câmara dos Deputados e a 
Assembleia Legislativa. O motivo seria, principalmente, a “rasteira” que
 Betinho deu nos políticos que hoje estão no PROS.
Para quem não lembra, por meio de articulações em Brasília, Betinho 
Rosado chegou ao PP como presidente estadual do partido. O problema é 
que, na época (setembro de 2013), a sigla era presidida no RN pelo 
vereador de Natal Rafael Motta, que havia consigo organizado as finanças
 da sigla e buscava o fortalecimento dela, criando o ambiente certo para
 se lançar candidato a deputado federal neste ano e atraindo 
parlamentares estaduais para lá – como Ricardo Motta (pai de Rafael), 
Vivaldo Costa, Raimundo Fernandes, Gilson Moura e Gustavo Carvalho.
A atitude de Betinho forçou uma rápida mudança de planos dos 
parlamentares pepistas, porque eles tinham que estar filiados a um novo 
partido até o dia 5 de outubro, com o objetivo de disputar as eleições 
deste ano. A saída foi, então, ir para o PROS, onde Rafael Motta 
conseguiu presidir, graças à articulação do presidente da Câmara dos 
Deputados, Henrique Eduardo Alves, do PMDB. Por isso, inclusive, o PROS 
foi um dos primeiros a anunciar o apoio antecipado ao candidato 
peemedebista ao Governo do Estado – seja ela quem for.

