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16 de agosto de 2014

Sete consequências da entrada de Marina Silva no lugar de Eduardo

A morte de Eduardo Campos na manhã de quarta-feira (13) muda completamente o cenário das eleições para presidente da República. Ex-governador de Pernambuco e neto de Miguel Arraes, Eduardo aparecia em terceiro nas pesquisas de intenção de votos, na casa de 10% das intenções de voto. Para aumentar tal índice, começava a explorar sua relação de proximidade com a ex-ministra do Meio Ambiente no governo do PT Marina Silva, sua candidata a vice. Agora, Marina desponta como o mais provável nome para sucedê-lo. É o natural, segundo os políticos.
 
Abaixo, sete consequências no cenário com a entrada de Marina na disputa.

Comoção nacional
Marina Silva terá a seu favor a comoção que tomou conta do Brasil. Antes desconhecido pela maioria dos eleitores, Eduardo Campos entra de forma trágica para a História. Nos quatro cantos do país, o brasileiro está chocado com o que aconteceu.

Marina é mais conhecida
Na última pesquisa do Ibope, divulgada na semana passada, a presidente Dilma Rousseff (PT) estava com 38% das intenções de voto, o senador Aécio Neves (PSDB) tinha 23% e Eduardo aparecia com 9%. Nas eleições de 2010, Marina teve 19% dos votos.

Preocupação para Aécio Neves
Com Marina Silva no lugar de Eduardo, aumentam as chances de um segundo turno. Diferentemente do que estava desenhado, há uma forte tendência de Marina largar com um percentual próximo ao do Aécio, sobretudo porque ela já disputou uma eleição presidencial.

Preocupação para Dilma Rousseff
Quem anda de olhos abertos com a movimentação que pode alçar Marina candidata a presidente são os políticos do PT. Marina é uma ameaça até para a reeleição de Dilma. Em eventual segundo turno, os votos de Aécio tendem a migrar para o candidato que disputa contra o PT. Marina é uma ameaça mais real do que o próprio Aécio.

Voto de protesto
Em 2010, Marina foi o voto de protesto contra a polarização PT x PSDB. A população continua insatisfeita com os governos do PT e, nos estados, com os governos do PSDB. Nenhum candidato tinha conseguido capitalizar as manifestações populares que tomaram conta do Brasil – nem Dilma, nem Aécio, nem Eduardo. Marina é o novo.

Alianças nos estados
Mais radical do que Eduardo, Marina terá dificuldade em alianças nos estados, como em São Paulo e no Rio de Janeiro. No primeiro, ela foi contra a indicação de Márcio França para vice na chapa do governador Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição. No Rio, o deputado Romário é candidato ao Senado na chapa de Lindberg Farias (PT) para o governo.

Alavancar candidaturas vacilantes
Marina é a esperança de vitória para outros candidatos a governador. No Distrito Federal, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB) aparece em terceiro lugar, com 15% das intenções de voto. Está atrás de Agnelo Queiroz (PT), com 17%, e de José Roberto Arruda (PR), com 37% das intenções, mas que teve a candidatura cassada pelo Tribunal Regional Eleitoral. Em 2010, Marina venceu no Distrito Federal. Tende a repetir a dose na capital, caso dispute a eleição presidente este ano. Fortalecerá a campanha de Rollemberg.

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