Documentos do Ministério Público Federal mostram que uma conta da empresa Headliner Limited, controlada pelo empresário Walter Faria, dono do Grupo Petropólis, fabricante da cerveja Itaipava, foi utilizada para depósitos de propina do esquema de corrupção descoberto na Operação Lava Jato.
Segundo denúncia do Ministério Público Federal, conta da empresa Headliner recebeu US$ 3 milhões entre 2006 e 2007 da Piemont Investment, do lobista Julio Camargo. A conta teria sido indicada pelo lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, operador do PMDB no esquema que desviava recursos da Petrobras.
Dos US$ 14,5 milhões depositados em 35 operações feitas por Julio Camargo, a conta da Headliner foi a que mais recebeu (US$ 3 milhões). Policiais federais tentam descobrir o caminho que este dinheiro seguiu. Uma das suspeitas é de que os recursos eram repassados a envolvidos no esquema. Em nota à imprensa, o grupo Petrópolis disse em nota desconhecer os depósitos feitos nas contas suíças do empresário.