De maneira geral, incluindo o preço do milho e farelo de soja, reajustes salariais e outros custos, o aumento foi em média de 6%, segundo a Associação dos Avicultores do RN (AVIARN). Em relação aos preços, levantamentos iniciais do Procon Natal apontam para aumento médio de 70% no preço das bandejas dos ovos na capital.
“Esse fator também ajudou. Tudo nosso é dolarizado. O milho, que é 70% do custo da ração das aves, teve aumento de preço. O dólar no início de janeiro teve aumento, estimulou-se a exportação, então tivemos que competir com o porto pagando melhor e com condições tributárias desleais em relação a nós. Tivemos um pouco de aumento de farelo de soja. Todos os insumos acabaram subindo”, avalia Renato Holanda, presidente da AVIARN, apontando que, em média, os custos tiveram reajuste de 6%.
A posição é compartilhada pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). “Vale ressaltar que os custos de produção acumularam alta nos últimos oito meses, com elevação de 30% no preço do milho e de mais de 100% nos custos de insumos de embalagens. Ao mesmo tempo, as temperaturas em níveis históricos têm impacto direto na produtividade das aves, com reflexos na oferta de produtos”, disse.
Ainda segundo a ABPA, a alta registrada no preço dos ovos é uma situação sazonal, comum ao período pré e durante a Quaresma. A ABPA estima ainda que a alta dos preços deve durar pelo menos mais dois meses. “A comercialização de ovos aqueceu pela demanda natural da época, quando há substituição de consumo de carnes vermelhas por proteínas brancas e por ovos”, disse a entidade.