A exigência faz parte da Resolução nº 034/2025, aprovada pelo Tribunal após uma série de decisões do Supremo Tribunal Federal que reforçaram a necessidade de divulgação clara e acessível sobre o uso das emendas em todo o país. A regra vale para estados e municípios e tem um objetivo central: permitir que qualquer pessoa consiga saber, com facilidade, quem indicou a emenda, para onde vai o dinheiro e como ele está sendo gasto.
O envio dessas informações ao TCE é o primeiro passo para que o município receba a chamada certidão de regularidade, documento que confirma que a prefeitura está cumprindo as exigências de transparência e rastreabilidade do dinheiro público. Sem essa certidão, nenhuma emenda poderá ser executada no ano de 2026. O Tribunal confere os dados enviados, valida cada item e, estando tudo correto, emite a certidão com validade de 180 dias.
A mudança impacta diretamente o cotidiano das prefeituras, que agora precisam garantir que todas as informações sobre as emendas estejam disponíveis em plataformas digitais abertas ao cidadão. Isso inclui a descrição do projeto beneficiado, o valor destinado, o bairro ou comunidade atendida, os contratos firmados, as notas fiscais emitidas e cada etapa da execução. A ideia é que o caminho do dinheiro seja totalmente rastreável, sem pontos cegos ou informações inacessíveis.

