Não é brincadeira, o fato ocorreu na cidade de Parelhas aqui na
região Seridó. Dois jovens se divertiam jogando a nova “febre mundial”
quando foram abordados por um indivíduo que tomou de assalto os seus
celulares. Preocupado com a onda crescente pela busca ao bichinho virtual,
Niltinho Ferreira (PM) questiona: “Quantos mais passarão pela situação
Brasil afora? Essa é a questão a partir de agora!”.
Parque atrai caçadores de Pokémon e ladrões de celulares
A caçada continua. Centenas de pessoas foram até o Parque da
Jaqueira, na Zona Norte do Recife, neste sábado (6) à procura do
bichinhos virtuais do Pokémon Go. O jogo de realidade aumentada virou
uma febre desde que chegou ao País na última quarta-feira (3). Crianças,
jovens e adolescentes, geralmente em grupos, percorriam o parque
munidos de celulares em busca dos melhores pontos de ataque.
Mas quem também andou investindo foram os bandidos. A reportagem
ouviu relatos de pelo menos três assaltos ocorridos dentro e do lado de
fora da Jaqueira. Menores estariam tomando os celulares dos pedestres
sob a ameaça de uma faca. Vimos também um reforço de três policiais da
Guarda Municipal, além dos cinco que normalmente fazem parte do efetivo.
Um dos responsáveis pela segurança, que não quis se identificar, disse
que o número de transeuntes aumentou muito neste sábado por conta do
Pokémon Go. “De cada 100 pessoas que estão no parque umas 90 estão
andando com o celular na mão”, diz o policial se referindo a exposição
do aparelho, o que facilitaria a ação dos ladrões.
Por outro lado, os caçadores de Pokémons pareciam alheios aos riscos.
O estudante Guilherme Guimarães, de 19 anos, estava eufórico.
Acompanhado dos amigos Pedro, Larissa e Victor, já havia capturado mais
de 50 Pokémons em cerca de seis horas de caçada. “O parque é muito
favorável porque os Pokémons ficam escondidos entre as árvores”, diz
Guilherme, dando a dica e explicando porque parece não faltar Pokémons
para tanta gente.
REUNIÃO DE AMIGOS
Larissa Dutra, de 20 anos, também acha o jogo legal porque reúne os
amigos de forma diferente. “Estava acostumado a jogar games em casa,
agora a gente sai e encontra os amigos, faz novas amizades, é legal”,
diz a estudante. Outro que não vê problemas com o jogo é o médico
Bartolomeu Melo. Ele levou o filho Guilherme, de 12 anos, ao Parque da
Jaqueira exclusivamente para ir atrás dos bichinhos. O menino comemorava
a captura de 20 Pokémons, além de dezenas de Pokebolas, que são
utilizadas para capturar as criaturas. “É a força da internet”, diz o
pai de Guilherme.
O médico disse que ficou impressionado com a quantidade de crianças e
adolescentes envolvidos com o novo game. Bartolomeu, no entanto,
salientou o papel da família neste processo. “Mães e pais tem que estar
juntos dos filhos neste momento, para que eles possam aproveitar a
brincadeira sem correr riscos”, afirma.
Blog A Fonte