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5 de abril de 2017

Preso e torturado por militares, Amado Batista quer a volta da ditadura no Brasil e diz que vota em Bolsonaro em 2018

O cantor Amado Batista deixou Fábio Porchat inquieto nessa terça 4, durante a gravação do Programa do Porchat. Amado, que foi preso e torturado durante a ditadura militar, usou o talk-show para fazer campanha pelo retorno do controle militar no País. “Prefiro a ditadura a essa anarquia que está hoje”, disse.

Aproveitou para declarar em quem votará na próxima eleição presidencial. “Democraticamente, (o próximo presidente) tem que ser Jair Bolsonaro”. Vai ao ar nesta quarta-feira 5 na Record TV. Em entrevista ao programa “De Frente com Gabi”, no SBT, em maio de 2013, Amado já havia falado sobre a tortura sofrida durante a ditadura militar no país. Ele disse, naquela oportunidade, não se sentir vítima do Estado. Ainda comparou seus torturadores a “uma mãe que corrige um filho”.

Antes de se tornar músico profissional, quando tinha entre 18 e 19 anos, trabalhava em uma livraria. Ali, facilitou o acesso de intelectuais a livros considerados subversivos na época. O artista disse também ter aceitado enviar somas de dinheiro a um professor universitário do Maranhão que mais tarde descobriu estar envolvido em ações clandestinas de grupos esquerdistas.

De acordo com o cantor, quando os militares investigaram seus clientes na livraria, acabaram chegando até ele. Batista ficou preso por dois meses. “Me bateram muito. Me deram choques elétricos”, disse. “Um dia me soltaram, todo machucado. Fiquei tão atordoado. Queria largar tudo e virar andarilho.” Questionado se teria vontade de confrontar seus torturadores, o cantor foi enfático: “Não. Eu acho que mereci”, disse.

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