A decisão da governadora Fátima Bezerra (PT) de aumentar os salários dos procuradores e defensores públicos em 16,38% e negar o mesmo reajuste aos servidores estaduais, teve forte repercussão dentro do Fórum Estadual de Servidores, com a divisão de opinião e posição sobre a luta da categoria. Entidades como o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (SINDSAÚDE-RN) e o Sindicato dos Trabalhadores na Administração Direta (SINSP-RN) assumiram de público a luta em defesa dos servidores, enquanto a maioria dos sindicatos optou pelo silêncio.
A divisão ficou exposta após a polêmica sessão da Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (7), quando orientados pela governadora Fátima 13 deputados se abstiveram da votação da proposta que ampliava o reajuste salarial para todos os servidores, derrubando, assim, o benefício para as categorias.
Momentos antes, os mesmos deputados, também orientados pela governadora, aprovaram o reajuste para procuradores e defensores públicos, que são considerados a “elite” do funcionalismo estadual, com altos salários. O Sindsaúde usou as suas redes sociais para divulgar um banner com as fotos de Fátima Bezerra e dos 13 deputados, classificados pela entidade como “traidores”.
O Sinsp-RN, também através das redes sociais e de seu site, fez duras críticas aos deputados que se posicionaram contra os servidores (VEJA A LISTA AQUI). As duas entidades não cobraram – de público - posição dos demais sindicatos que formam o Fórum Estadual dos Servidores, mas, nos bastidores, os dirigentes mostraram-se decepcionados com o comportamento de entidades que antes lutavam em defesa da categoria.
É um novo cenário da luta dos servidores públicos. Desfalcada de sindicatos fortes, como é o caso do Sinte-RN (trabalhadores em Educação), e resumida a duas ou três entidades, no máximo. Os demais sindicatos escalaram a rampa da Governadoria, junto com a governadora Fátima Bezerra.
