Insatisfeitos com a proposta do Governo do Estado para a reestruturação das carreiras, policiais civis do Rio Grande do Norte decidiram paralisar novamente as atividades, agora por tempo indeterminado. Em assembleia realizada no início da noite desta quinta-feira, 7, em frente à Governadoria, os agentes definiram que, a partir desta sexta-feira, 8, será desencadeada a “Operação Zero”, com a suspensão dos atendimentos nas delegacias e programação de atos.
Os policiais civis queriam ser recebidos nesta quinta feira pela governadora Fátima Bezerra, mas ela não os recebeu porque passou a tarde em uma agenda com o ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo da Presidência da República. De acordo com o Sindicato dos Agentes da Polícia Civil do Rio Grande do Norte (Sinpol), representantes do governo propuseram implantar a reestruturação das carreiras em três anos. A categoria, no entanto, propõe a implementação de uma vez só, até março de 2020.
Entre as mudanças negociadas na reestruturação das carreiras, está a diminuição do tempo para promoção dos policiais civis. Atualmente, esse tempo é de 5 anos, mas pode cair para 3 anos. Com isso, policiais chegariam ao topo da carreira mais rápido. O governo sugere a implantação de forma gradativa por causa do impacto financeiro. Na última terça-feira, 5, a categoria paralisou as atividades por menos de 24 horas para exigir uma proposta do governo para a reestruturação das carreiras.
O movimento foi suspenso no mesmo dia após o governo sinalizar que poderia implementar o reajuste nos próximos seis meses. O problema é que, segundo o Sinpol, o governo mudou de ideia nesta terça-feira e informou que não haveria disponibilidade financeira para implantação da reestruturação de forma imediata. O Governo do Estado ainda não se pronunciou sobre a decisão da categoria.