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17 de agosto de 2016

Por um leitor do blog "A política brasileira"

I
No ano de mil e quinhentos,
Os portugueses chegaram ao Brasil,
Encontraram índios e muitas riquezas,
Dentre elas a árvore do Pau Brasil.
Mas os nativos, em sua ingenuidade,
Não perceberam a falta de honestidade
Deste povo medíocre, falso e vil.

II
Cabral, que chefiava a expedição,
Era pau mandado do rei de Portugal
Para ver se descobriam novas terras
E saquear toda a riqueza do local.
Cabral, vendo do rei a sua intenção,
Logo pôs em prática a armação
Que, pra ele, era uma coisa normal.

III
Essa triste herança portuguesa
Entranhou na nossa sociedade
E o Brasil desde então já mergulhou
Numa grande falta de honestidade.
Os ricos no luxo e os pobres dominados
Os escravos no tronco sendo chicoteados
E o povo mergulhado na maldade.

IV
O poder público saqueando o povo
E os políticos cheios de má intenção
Os eleitores presos pelos coronéis 
Elegendo quem apontavam pela mão
Vivia o povo a mercê do coronelismo
Sendo preso a eles pelo legalismo
E não tendo deles nenhuma atenção.

V
Nesse contexto continua a política
Uma minoria pelo povo decidindo 
De fato, o povo não é representado
E os políticos continuam mentindo
Pois as ideias deles prevalecem
Os pilares da honestidade estremecem
E o povo fica de longe assistindo.

VI
As leis não atendem aos anseios.
A polícia em nada pacifica.
Bandido mata e não é preso.
Político rouba e assim fica.
É por isso que os desonestos
Sempre ganham dos honestos
E se profissionalizam na política.

VII
A nossa política brasileira
Parece que é herança hereditária
Filho de político tem que ser político
Não interessa a faixa etária
E quando chega ao fim da vida
Não provou o peso da lida
Mas têm contas milionárias.

VIII
Sem contar que existem alguns
Que perseguem os adversários.
Tomam conta da Prefeitura
E não pagam os seus salários.
As pessoas sem estrutura
Sem o mínimo de cultura
Ficam com a cara de otários.

IX
A política municipal é o Pré-escolar
A estadual é o Ensino Fundamental
Lá em Brasília o político faz o Ensino Médio
E a faculdade, tornando-se profissional.
Depois enchem o bolso de propina
O governo com o cartão é uma mina
E vive brincando com o povo na moral.

X
Bem falou um certo cantor
Uma história simples e verdadeira.
Em sua música ele soltou
A verdade da política brasileira.
Se gritar: “Pega ladrão!
Não fica um, meu irmão,”
Nem pra conversar besteira.

XI
Há pessoas que dizem por aí
Que todo político calça quarenta.
Mas se procurarmos com cuidado
Encontraremos algum que experimenta
A honestidade e a busca da verdade,
Que não vive preso na desonestidade
E dela em nenhum momento se alimenta.

XII
O próprio povo adora o desonesto
Porque ele o alimenta com migalhas
Recebe o bujão, a conta de energia
Só falta o jumento com as cangalhas
Mas não sabe que recebe o dinheiro 
Das propinas vindas do empreiteiro
Que é amigo dos irmãos metralhas.

XIII
Gostaria de ver o nosso Brasil
Administrado por gente de vergonha;
Gente que não pensa em si mesmo
E que não mente na época da campanha.
Embora eu saiba que a corrupção
Vive entranhada no seio da nação,
Provocando uma baixaria tamanha.

XIV
Mesmo assim sei que a culpa é do povo
Porque provoca todo esse desmantelo.
Vende o voto e elege o desonesto
Deixando o honesto com dor de cotovelo.
Só pensa que precisa se dar bem
Não olha ao redor e pensa que não tem
O dever de usar o seu direito com zelo.

XV
É povo que não faz a sua parte,
Que fala o que deve e o que não deve,
Que vota sem se importar com o futuro,
E que escolher bem não se atreve.
Espero que o eleitor olhe o passado,
Que não seja um povo amedrontado,
Para que no futuro sinta-se mais leve.

XVI
Pensando agora na política local
Há muito em que se meditar
Pois o que se viu desde o começo
Foi obra inacabada e por terminar
Escola que pra uso não serviu
E a desculpa muita gente engoliu
Resta saber se isso era pra continuar

XVII
Sem contar que o salário do povo
Que trabalhou muito e honestamente
Não foi pago embora haja pessoas
Que defenda mesmo que inconsciente
Pois aquele que não quer ser feliz
Não enxerga um palmo à frente do nariz
E não fala nada de forma coerente.

XVIII
Tomara que o nosso povo
Aja com sincera honestidade
E escolha aquele que quer ver
A organização da nossa cidade
Que não queira sugar o que é alheio
Que não deixe o povo no aperreio
E não aja com desonestidade.

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