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8 de setembro de 2014

Padres contrariam decisão da Igreja e disputam cargos nas eleições 2014

Pelo menos 23 padres brasileiros, segundo dados do TSE, entraram na disputa eleitoral de 2014, buscando uma vaga de deputado estadual, federal ou mesmo de governador, como é o caso do Padre Ton, candidato ao governo de Rondônia pelo PT. A Igreja Católica, no entanto, é contrária ao envolvimento de religiosos em atividades políticas e partidárias, segundo a CNBB e de acordo com decretos de várias dioceses pelo país.

“É o que determina o próprio Código de Direito Canônico, que rege a Igreja Católica”, aponta Denilson Geraldo, professor da Faculdade de Teologia da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), que cita as determinações do cano 287, parágrafo 2º: “Os clérigos não podem ter parte ativa nos partidos políticos e na direção de associações sindicais, a não ser que a juízo da competente autoridade eclesiástica, o exijam a defesa dos direitos da Igreja ou a promoção do bem comum.”

O cano 285 também faz referência ao tema e determina que “os clérigos evitem aquilo que, mesmo não sendo indecoroso, é alheio ao estado clerical” e enfatiza que “os clérigos são proibidos de assumir cargos públicos, que implicam participação no exercício do poder civil”. Mas, apesar das orientações, o direito canônico não prevê punição alguma aos religiosos que forem contra as determinações.

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