O ministro da Previdência, Garibaldi Filho (PMDB), disse que já teve aptidões e qualidades maiores para ser candidato a governador do Rio Grande do Norte, mas que agora não tem essa aspiração. Na semana passada, o nome do peemedebista, que já governou o Estado por duas ocasiões (1995 a 1998 e 1999 a 2002), foi cogitado pela militância do PMDB para ser candidato a governador em 2014.
Na avaliação do PMDB, o partido deve ter candidato a governador, até para evitar que aconteça o que se deu em Natal, quando se passaram 20 anos sem apresentar candidato a prefeito, quebrando o jejum apenas neste ano, com a candidatura de Hermano Morais (PMDB). A última vez que disputou o governo, o candidato do PMDB foi Garibaldi. A sigla perdeu a disputa para a governadora Wilma de Faria (PSB), que conquistou a reeleição. “Não tenho essa aspiração. Já tive. Diria até que, como diz o nosso homem mais simples, eu já tive aptidões maiores para isso, já tive qualidades maiores. Já fui mais jovem para isso”, disse o ministro nesta manhã, ao participar de um seminário sobre a pesca na Federação das Indústrias (FIERN).
Garibaldi foi abordado novamente sobre a avaliação que o PMDB fará para discutir o resultado da eleição 2012 e as perspectivas e direcionamentos para 2014. No ano da Copa, estarão em jogo os cargos de governador do Rio Grande do Norte e um terço do Senado (uma vaga), além do cargo de vice-governador. Pelo atual cenário, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) seria candidata à reeleição e poderia indicar o presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Mota (PMN), como vice. Neste caso, sobraria a vaga para o Senado, que seria pleiteada pelo PMDB. Contudo, o partido ainda não tem quadro definido para indicar. O presidente da legenda, Henrique Alves, seria o nome natural para disputar o Senado. Contudo, a partir de fevereiro Henrique deverá comandar a Câmara dos Deputados e, se tudo corre bem, poderá pleitear a reeleição ao cargo em 2015, se for reeleito para mais um mandato de deputado federal.
Apesar disso, o PMDB não fala oficialmente sobre 2014. Antes é preciso discutir o resultado da última eleição. “Deve haver uma avaliação do pleito, dos resultados, que foram alvissareiros, mas precisam ser mais bem examinados”, se restringiu a dizer Garibaldi ainda em contato com o Jornal nesta manhã. “Serão examinadas várias questões. Essas e outras, muitas outras, e algumas outras, e também porque acabou uma eleição, já é véspera de outra. Então, o partido tem que se mostrar atento a isso”, observou. Sobre renovação da aliança com o DEM para 2014, Garibaldi afirmou que a aliança do PMDB com o PT, em nível nacional, nunca foi impedimento. “Nunca houve empecilho, nem impedimento, nem questionamento sobre isso. Tanto da direção nacional do PT, quanto do próprio governo. Nunca houve maior questionamento”.
O ministro disse que o norte sobre o futuro do PMDB será dado pelos prefeitos e vereadores eleitos em outubro. Os peemedebistas serão decisivos na definição do caminho a ser percorrido pelo partido em 2014. “O PMDB não quer saber junto ao governo, quer saber junto a esses que são os nossos companheiros. São eles que vão dizer da expectativa que eles têm. E, depois, se for o caso, se decidirmos assim, iremos aos interlocutores do governo para dizer o que realmente nós podemos fazer”.
Fonte: Portal JH