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17 de novembro de 2012

Terceirizados paralisam atividades nos hospitais

Os funcionários terceirizados da saúde cruzaram os braços após assembléia realizada hoje pela manhã no Hospital Walfredo Gurgel. O motivo da paralisação foi o descumprimento da ordem de pagamento dos salários atrasados, prometida para a última quinta-feira pelo secretário estadual de Saúde Pública (Sesap), Isaú Gerino. A greve envolve cerca de 800 trabalhadores vinculados às empresas JMT e Safe, entre maqueiros, nutricionistas e profissionais da limpeza que atuam nos hospitais Walfredo Gurgel, João Machado, Giselda Trigueiro, Santa Catarina, além do Hemonorte e outros.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem do Rio Grande do Norte (Sipern), Domingos Ferreira, o atraso nos salários é recorrente e incide ainda o agravante dos funcionários não terem recebido o reajuste retroativo ao mês de janeiro. Também há irregularidades no pagamento dos vales-alimentação e concessão de folgas.

“As categorias envolvidas na greve estão passando por uma situação crítica, tendo que amargar uma longa espera quase todo mês para receber o salário. Sem contar com as condições precárias de trabalho, que incluem sobrecarga de serviço, falta de substituição dos funcionários ausentes e até o racionamento da alimentação para os trabalhadores”, desabafa o presidente do Sipern. Domingos Ferreira informa que a JMT já realizou o pagamento de parte dos salários atrasados, mas a grande maioria do terceirizados da saúde continua desprovido da remuneração.
Há relatos de que um funcionário do Hospital Ruy Pereira, morador do bairro de Santa Catarina, chegou a tentar o suicídio por não ter como pagar as contas do mês. As famílias de diversos trabalhadores já estão enfrentando problemas de ter que sair de suas casas por falta de pagamento do aluguel ou corte no fornecimento de água e luz, devido ao atraso no pagamento das faturas.

Profissionais da área de nutrição reclamam da ineficiência do sindicato que os representa, cabendo ao Sipern abraçar a causa das demais categorias. A orientação do Sindicato é mobilizar os funcionários terceirizados para prosseguir com a greve até que os salários sejam pagos e ocupar o Hospital Walfredo Gurgel sempre que for preciso, como aconteceu hoje. O Sipern aguarda o posicionamento dos representantes da Sesap para definir as próximas ações do movimento grevista.
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