“Estou indignada com a fala capacitista do presidente Lula. Não apenas o uso inadequado, em forma de brincadeira, com ‘desequilibrio de parafuso’, mas por associar pessoas com transtornos mentais à violência”, disse Sarah Nicolleli, presidente da Associação Mãos de Mães de Pessoas com Esquizofrenia, ao Estadão.
O advogado Emerson Damasceno, presidente da Comissão Especial de Defesa da Pessoa Autista do Conselho Federal da OAB, chamou as declarações do presidente de inaceitáveis.
“Primeiramente, porque estigmatiza ainda mais quem já sofre diariamente o estigma do preconceito. Além disso, porque vincula deficiência aos terríveis e criminosos massacres nas escolas, quando sabemos que pessoas com deficiência sofrem diariamente, como vítimas, violência [que é] fruto do preconceito e do ódio, inclusive nas escolas”, disse Damasceno ao jornal paulistano.