O Brasil possui o maior custo residencial de energia elétrica do mundo em relação à renda per capita, entre os 34 países pesquisados pela Agência Internacional de Energia, parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em 2022.
Segundo a Associação, apenas pouco mais da metade (60%) do valor da conta de luz está ligada à geração, transmissão e distribuição da energia elétrica. O economista César Bergo explica que vários fatores afetam o setor, como a utilização de termelétrica, que tem um custo de produção de energia mais elevado, os sistema de bandeiras tarifárias e a cobrança de impostos.
Bandeiras tarifárias
Criado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia elétrica gerada. O economista Fernando de Aquino informa que o custo de produção muda de acordo com a forma de geração de energia elétrica. “Uma forma muito difundida no país de geração de energia é a geração de energia hidrelétrica. Em períodos mais secos, a gente tem uma diminuição na capacidade de geração de energia hidrelétrica. Então, a gente precisa muitas vezes lançar mão de usinas termelétricas”, explica.
Em outubro, a bandeira é verde, o que significa que não há necessidade de acionar usinas que geram energia mais cara, implicando em um custo adicional zero para os consumidores. Quando a despesa aumenta, a Aneel pode acionar as bandeiras amarela e vermelha, que aumentam o valor da cobrança final na conta de luz.
Dicas para economizar
O economista César Bergo afirma que medidas básicas, como usar o mínimo de chuveiro elétrico e ar-condicionado, ajudam a economizar energia. “O planejamento no uso dos aparelhos eletrônicos e elétricos podem contribuir para uma redução, além de utilizar o máximo de luz do dia para fazer atividades”, afirma. Além disso, ele informa que é mais barato utilizar energia elétrica fora de horários de pico. A hora deve ser verificada na própria conta de luz.
Fonte: Brasil 61