O principal autor do estudo, Salmanton-García, da Universidade de Colônia, na Alemanha, explicou que todo inverno temos uma temporada de influenza, resultando em pequenas pandemias. Essas pandemias são mais ou menos controladas porque as diferentes cepas do vírus não são suficientemente virulentas. No entanto, a cada estação, as cepas envolvidas mudam, e é por isso que podemos contrair a gripe várias vezes na vida, com as vacinas sendo atualizadas anualmente. Caso uma nova cepa se torne mais virulenta, esse controle pode ser perdido.
Além do vírus da gripe, outros patógenos também foram destacados pelos cientistas. A “Doença X”, nome utilizado para um microrganismo ainda não descoberto, foi apontada por 21% dos especialistas como o de maior potencial pandêmico. Uma versão do SARS-CoV-2, o vírus causador da Covid-19, ficou em terceiro lugar, com 8% dos pesquisadores acreditando que ele ainda tem o maior potencial de provocar uma nova pandemia.
Outros patógenos mencionados incluem o SARS-CoV original, o vírus da febre hemorrágica da Crimeia-Congo (vírus CCHF) e o Ebola. Por outro lado, o Nipah, o henipavírus e o vírus da febre do Vale do Rift foram classificados com menor potencial pandêmico. “O estudo revelou que a gripe, a doença X, o SARS-CoV-1, o SARS-CoV-2 e o vírus Ebola são os patógenos mais preocupantes em relação ao seu potencial pandêmico. Esses patógenos são caracterizados por sua transmissibilidade por meio de gotículas respiratórias e um histórico de surtos epidêmicos ou pandêmicos anteriores”, lembraram os cientistas no estudo.