Depois de ser questionado diretamente pela população, William Bonner, nos bastidores, exigiu mais segurança da emissora para si e seus colegas. O jornalismo da empresa tem sido alvo de fortes críticas depois da ampla cobertura dedicada ao show da Madonna no Rio de Janeiro no dia 4 de maio, quando o Rio Grande do Sul já havia decretado estado de calamidade.
O número de mortes na data da apresentação já era de 55, com mais de 70 desaparecidos e 1 milhão de casas sem água. Para além de qualquer discussão ideológica, durante o 1º final de semana do mês, GloboNews, Jornal Nacional e Fantástico optaram por ter como foco principal a apresentação da popstar.
A empresa de mídia negociou a exclusividade de transmissão do show, tendo vendido mais de R$ 20 milhões em patrocínios somente para o evento, incluindo o Itaú, grande parceiro comercial e financiador da vinda de Madonna. Ao longo do final de semana, foram diversas entrevistas e reportagens especiais, além de uma superprodução para transmitir ao vivo o show de mais de duas horas para todo o país.
Outro ponto de críticas foi a tentativa de desmentir uma reportagem do SBT que mostrava caminhões carregados de doações sendo multados pela Agência Nacional de Transportes. A própria agência acabou reconhecendo o fato posteriormente.
A relevância da empresa para o país.
A Globo é a 2ª maior rede de TV do mundo e a líder absoluta no Brasil, alcançando 70 milhões de brasileiros todos os dias e tendo forte influência nas percepções da população. Com as críticas tomando conta das redes, a emissora decidiu reformular sua programação, deslocando profissionais e dando destaque à tragédia no RS em grande parte de seus conteúdos.