“Lamentamos profundamente o episódio
ocorrido na tarde deste domingo (27). Mais ainda por saber que o militar
em questão não teve a oportunidade de receber a assistência psicológica
necessária que, possivelmente, pudesse evitar o ocorrido”. A declaração
do presidente da Associação de Subtenentes e Sargentos Policiais
Militares e Bombeiros do RN, Eliabe Marques faz referência à cena
presenciada por muitos natalenses, na tarde deste domingo (27), em que
um policial militar pôs sua própria vida em risco, na ameaça de cometer
um suicídio, do alto de uma passarela, na Av. Salgado Filho.
A cena reascendeu a discussão sobre uma
antiga denúncia das entidades de praças da PM: a falta de psiquiatras na
Polícia Militar do RN. Segundo o titular da ASSPMBM/RN, o problema que
já era grave, há um ano ficou ainda pior, já que o único especialista
que antes atendia à demanda de todo o Estado, por motivos de saúde, foi
afastado do trabalho. Assim, os policiais militares que necessitam de
atendimento psiquiátrico são obrigados a pagar pelo serviço. Eliabe
Marques aponta que, devido ao estresse e ao alto risco a que são
submetidos, é comum entre os policiais militares distúrbios emocionais e
mentais que exigem acompanhamento especializado.