Em seu estilo polêmico, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) participou nesta sexta de um debate durante o V Seminário Internacional Brasil & Israel, realizado pela Federação Israelita de Minas, e confirmou que está de malas prontas para deixar o PP. O objetivo: uma sigla que possa abrigar seu desejo de se candidatar à Presidência em 2018.
“Eu vou sair do PP. Quero, em 2018, estar num partido em que todos os filiados decidam se vai ter candidato a presidente, governador, etc., e quem, dentre os filiados, serão os candidatos”. Bolsonaro, no entanto, não revelou se já encontrou este partido. “Nem me ‘divorciei’ (do partido) ainda, não posso falar em um novo noivado”, brincou.
Perguntado sobre um eventual do debate com o ex-presidente Lula, caso o petista também dispute o Palácio do Planalto, Bolsonaro, que é evangélico, foi enfático. “Lula não vai vir com baixaria pra cima de mim porque vai se ‘fuder’.”
Depois de uma semana movimentada na Câmara pela votação da reforma política, Bolsonaro comentou sobre os principais pontos votados e os que ainda serão discutidos em plenário.
Uma das emendas prometidas para serem votadas na próxima semana diz respeito à cota de 30% para mulheres nas chapas proporcionais dos partidos. “O que elas querem agora? Cota pra mulher. Quando foi para votar a favor das pensões das viúvas, 80% das mulheres votaram contra as viúvas e os órfãos. Que moral tem esse bando, agora, para acharem que devem ter cotas?”, disparou.
Impeachment
O parlamentar, que nesta semana esteve com líderes do Movimento Brasil Livre favoráveis ao impeachment da presidente Dilma, não acredita que o fato seja possível. “Que existem motivos, existem. Mas não vão conseguir. Não se consegue mobilizar a Câmara. E o STF chegou num ponto que pode garrotear o Legislativo. Você promulga uma PEC, por exemplo, eles derrubam. Então, o que fizermos que a Dilma não gostar o Supremo julga inconstitucional”, acusa.
Não reeleição