Para a ministra, o governo do presidente Lula não fez o “dever de casa” no ajuste fiscal. Segundo o Estadão, Tebet considerou ainda que houve razão para o aumento do dólar no final do ano passado, motivado pela frustração do mercado financeiro com o pacote de corte de gastos.
Em novembro de 2024, o governo enviou ao Congresso uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) com o objetivo de equilibrar as contas públicas. O projeto foi aprovado pelos parlamentares, mas com modificações. Entre os pontos rejeitados, estava a tentativa de tornar mais rígidas as regras para o acesso ao BPC (Benefício de Prestação Continuada), destinado a idosos de baixa renda e pessoas com deficiência.
Após a aprovação da PEC, o Ministério da Fazenda revisou a estimativa de economia para os próximos 2 anos, reduzindo a projeção de R$ 71,9 bilhões para R$ 69,8 bilhões, um corte de R$ 2,1 bilhões. Em novembro, o ministro Fernando Haddad destacou que o pacote de redução de gastos enviado ao Congresso representa apenas a 1ª fase do ajuste fiscal planejado pelo governo.
“Esse conjunto de medidas não é gran finale do que precisamos fazer. Daqui a 3 meses, pode ser que esteja de novo em uma planilha discutindo a evolução da Previdência ou a evolução do BPC (Benefício de Prestação Continuada). Pode ser que tenha que mandar leis para o Congresso”, disse o ministro à época.