Os brasileiros chegaram ao fim do ano com R$ 2 trilhões de impostos pagos. O valor foi registrado pelo Impostômetro localizado na unidade Natal da Faculdade Maurício de Nassau. O montante equivale à soma dos impostos, taxas e contribuições pagos à União pela população brasileira desde o início do ano.
Amanhã, o painel eletrônico completa cinco anos de sua instalação em Natal e esta é a segunda vez que contabiliza o recorde de arrecadação. No ano passado, foi a primeira vez que o aparelho atingiu essa marca. Este ano, segundo a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) a marca de R$ 2 trilhões foi registrada nove dias mais cedo que no ano passado – 30 de dezembro.
De acordo com o professora do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade e especialista em Análise Tributária, Edna Medeiros, o resultado se deve aos preços mais altos decorrentes da inflação, além do próprio aumento dos tributos. No Rio Grande do Norte, o aumento mais expressivo foi do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Produtos (ICMS). “Isso acontece porque o ICMS é um imposto que tem o que chamamos de efeito cascata: incide sobre determinados produtos ou serviços em todas as vezes que o produto é comercializado”, explica.
Retorno
Apesar da alta arrecadação, o principal questionamento das entidades mantenedoras do Impostômetro é o retorno em serviços à população. O Brasil é 30º lugar no mundo em retorno de impostos. O ranking é feito anualmente pela ACSP através do estudo Índice de Retorno e Bem-estar Social (IRBES).