Imagine que você recebe uma mensagem pelo WhatsApp de um contato conhecido, normalmente um familiar ou amigo próximo, pedindo que você faça uma transferência que ele próprio não é capaz de realizar. Se o grau de intimidade for grande, você atenderia ao pedido, certo? Pois é justamente esse o modus operandi de uma quadrilha de criminosos que visa, principalmente, políticos, secretários e outros membros do governo em Brasília, em uma nova onda de golpes que parece contar até mesmo com integrantes dentro das operadoras de telefonia.
De acordo com informações do UOL, desde março, pelo menos 20 políticos tiveram seus números clonados como parte do golpe. Estariam na lista, por exemplo, Carlos Marun, atual ministro-chefe da Secretaria de Governo, Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil, Osmar Terra, líder da pasta de Desenvolvimento Social e Agrário e Fernando Coelho Filho, que dirigia o setor de Minas e Energia até abril deste ano.
Uma das vítimas também foi a vice-governadora do Paraná, Cida Borghetti, em um golpe que teria levado quatro amigos ao envio total de cerca de R$ 8 mil aos criminosos. Na ocasião, também em março, ela informou aos contatos sobre a clonagem de seus números por meio do Facebook e disse também iniciado ação legal para chegar aos bandidos.