Os casos suspeitos de chikungunya dispararam no Rio Grande do Norte. Foram 8.899 registrados no Estado nas 34 semanas epidemiológicas de 2019, número 391,9% maior que o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 1.809 casos. A taxa da doença para 100 mil habitantes é a segunda maior do Brasil, tendo 255,8 incidências. O RN fica atrás apenas do Rio de Janeiro, que tem taxa de 447,4 da doença. Os dados são do Ministério da Saúde, em boletim divulgado nesta quarta-feira (11).
Aliado a isto, o RN é a unidade federativa com mais óbitos em investigação pela chikungunya: 28, num universo de 65 em todo o país. No Brasil, foram 57 óbitos confirmados, espalhados em 7 estados. Nenhum deles foi em terras potiguares. As informações apresentadas no documento enviado pelo MS são referentes ao período de 30 de dezembro de 2018 a 24 de agosto de 2019.
Os números de dengue também apresentam dados alarmantes. No primeiro caso, o RN também amarga o fato de estar nas primeiras posições. Foram 24.635 casos prováveis, contra 20.476 do ano passado. Aumento de 20,3%. A taxa por 100 mil habitantes também é alta: 708,1, a maior do Nordeste e a oitava maior do país. O RN não teve óbitos por dengue em 2019, porém, é a 4º UF com mais óbitos em investigação: 53.
O Estado também apresentou alta incidência nos casos de zika. Neste caso, segundo o MS, foram levados em consideração apenas a semana epidemiológica de número 33, isto é, até 10 de agosto. No RN, foram 941 casos, contra 445 do ano passado. Aumento de 111,5%. A taxa da incidência por 100 mil habitantes é de 27,0, a segunda maior do país, atrás apenas de Tocantins, que teve 32,3.
Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (Sesap-RN), em boletim que abrange até a 33ª semana epidemiológica, o Estado tinha 5.890 casos confirmados de dengue e outros 3.311 de chikungunya. De acordo com a subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica Alessandra Lucchesi, as regiões que apresentam maior incidência, tanto para dengue quanto para chikungunya são as 7ª (Metropolitana), a 5ª (Santa Cruz) e a 1ª (São José de Mipibu).