A Folha de S. Paulo destacou neste sábado a complicada situação dos novos governadores, que assumiram os estados após vencerem o pleito eleitoral do ano passado. O jornal destaca entre as situações mais difíceis a da governadora Fátima Bezerra (PT), que ainda não quitou o 13º salário de 2018 herdado da gestão anterior.
Parte dos funcionários não recebeu, de 2018, o valor que seria de novembro, dezembro e do 13º. Pior: só em maio e junho deste ano, o governo conseguiu pagar o 13º de 2017. O passivo ainda em aberto soma R$ 855 milhões. “A folha de 2019 está em dia. Vamos pagar o 13º deste ano. Estamos garantindo isso”, diz Aldemir Freire, secretário de Planejamento potiguar.
Para amenizar a crise fiscal, o estado deve comercializar parte de títulos imobiliários que a Caixa deve ao estado.Com a crise, desde o início do ano, o estado zerou investimentos com receita própria. Novas obras serão feitas com crédito do Banco Mundial. Entre outras medidas em andamento, estão revisão de contratos com fornecedores, corte de despesa com custeio, teto para empenhos e reforço na fiscalização de comércios para aumentar a arrecadação.
Em situação semelhante à de Fátima está o governador Eduardo Leite (PSDB), no Rio Grande do Sul, que também ainda tem o 13º de 2018 dos servidores pendente. Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, Gladson Cameli (PP), do Acre, e Ronaldo Caiado (DEM), de Goiás, só terminaram de pagar os atrasados neste semestre.
No caso específico do Rio Grande do Norte, Fátima ainda não conseguiu quitar a dívida com os servidores de três folhas salariais herdadas da gestão Robinson Faria. A governadora petista prometeu pagar o 13º desse ano, mas têm afirmado que o restante dos atrasados só deve pagar quando o estado receber recursos extraordinários.
Com informações da Folha de S. Paulo