No debate mais esperado desde 2018, ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) discutiram, frente a frente, na noite deste domingo (16). Organizado pela TV Bandeirantes, TV Cultura, portal UOL e jornal Folha de S. Paulo, o primeiro encontro do segundo turno presidencial durou uma hora e 40 minutos, foi marcado por troca de acusações entre os candidatos.
No primeiro bloco, Lula conseguiu ter superioridade, principalmente quando gastou boa parte do tempo tratando de temas como vacinação e a pandemia. Falando sempre próximo as câmeras, o ex-presidente iniciou mais confortável no novo modelo de debate. Bolsonaro, por sua vez, ainda estava tímido, mas foi se soltando ao longo do tempo.
No segundo bloco, quando jornalistas fizeram perguntas para ambos os candidatos, o debate ficou em tom mais morno. Para muitos analistas, houve um empate técnico neste momento. Já no terceiro e último bloco, o presidente Bolsonaro conseguiu encerrar com grande superioridade. Lula não soube administrar o tempo, deixando o atual mandatário construir um monólogo por mais de 5 minutos sem direito a nenhuma interrupção.
Neste momento, Bolsonaro atacou o petista com temas ligados a ditadura na Nicarágua – o qual o ex-presidente não condenou -, falou do valor do Auxílio Brasil que foi triplicado durante seu governo, questões religiosas e enfatizou a corrupção. Até mesmo para colunistas do portal UOL, que são anti-Bolsonaro, fizeram análises destacando a superioridade do presidente. Petistas também admitiram erros de Lula no debate: “Ficamos um pouco apreensivos com a falta de controle de tempo no começo”.