A trajetória de queda de Lula tem se mostrado consistente. “Não só é o pior momento do Lula em todos os dez anos de mandato dele como presidente da República, como ele não encontrou o piso ainda”, diz o colunista do UOL, José Roberto de Toledo, apontando que a tendência de queda pode continuar.
O presidente iniciou o mandato com saldo positivo de 13 pontos em março de 2023, caindo para apenas dois pontos positivos em março de 2024. Ao final de 2024, mantinha um ponto positivo, praticamente zero considerando a margem de erro. Agora, registra os 16 pontos negativos.
Já Bolsonaro teve uma trajetória diferente. Começou o governo com saldo de dois pontos positivos, rapidamente caindo para nove pontos negativos ainda no primeiro ano. Com a pandemia, chegou a 12 pontos negativos antes dos 20 meses de governo. No entanto, após a criação do Auxílio Emergencial de R$ 600, recuperou-se temporariamente, atingindo três pontos positivos em agosto de 2020.
Uma pesquisa recente do IPEC mostrou ainda que 62% dos eleitores são contra a candidatura de Lula a um quarto mandato, número que cresceu cinco pontos desde dezembro. No entanto, o colunista fez um alerta contra decretar um fim prematuro do governo: “O poder da máquina federal é muito grande”, lembrando que mesmo Bolsonaro, com índices muito negativos, quase se reelegeu em 2022.
A recuperação da popularidade presidencial dependerá da capacidade do governo de “arrumar a sua própria casa e parar de bater cabeça”, além de conseguir apresentar resultados positivos na economia.