Funcionários da Petrobras iniciam nesta segunda-feira (15) uma greve por tempo indeterminado após rejeitarem a segunda contraproposta apresentada pela estatal para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A paralisação foi confirmada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), que prevê ampla adesão da categoria em todo o país.
Em nota, a FUP classificou a proposta da gestão da presidente Magda Chambriard como uma “provocação” e afirmou que os trabalhadores receberam apenas 0,5% de ganho real, além de retrocessos e diferenciação de direitos entre empregados da holding e das subsidiárias. A federação destaca que, enquanto isso, a Petrobras distribuiu R$ 37,3 bilhões em dividendos apenas nos nove primeiros meses do ano.
A entidade, que representa cerca de 100 mil trabalhadores por meio de 13 sindicatos, também criticou a condução das negociações e cobrou soluções para os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, além de avanços no plano de cargos e salários e na defesa de uma Petrobras pública e fortalecida.
Em resposta, a Petrobras informou que mantém diálogo permanente com as entidades sindicais e que apresentou uma nova proposta na última terça-feira (9), apontando avanços. A estatal disse ainda que respeita o direito de greve e que poderá adotar medidas de contingência para garantir a continuidade das atividades essenciais.

