Uma tradição muito popular no Nordeste, e tipicamente voltada para o
público masculino, está invadindo o mundo dos “batons”: a vaquejada.
Considerado o estado que deu o primeiro passo para a prática legal da
vaquejada, o Rio Grande do Norte destaca-se agora como o primeiro estado
a incentivar a atividade feminina, através da criação da Avarn –
Associação das Vaqueiras do RN.
Pode ser estranho visualizar mulheres cumprindo papéis de vaqueiros,
nos quais, sob um bom cavalo de raça, têm de perseguir o boi até
emparelhá-lo e conduzi-lo ao local a ser derrubado. Para isso,
necessariamente, é preciso utilizar a força. Porém, quem já circunda por
esse mundo garante que o domínio da técnica pode ser a principal
ferramenta até a derrubada do boi. “O segredo para se derrubar um boi em
vaquejada é possuir técnica e um bom cavalo. Isso qualquer mulher pode
ter e dominar até melhor que os homens”, destaca Raphaella Brukxild,
presidente da Avarn. Segundo ela, o fato de ser mulher – e com apenas 22
anos – não torna a prática do esporte uma atividade impossível.
JH