O Partido da Mulher Brasileira
(PMB) iniciou suas atividades em Pernambuco neste mês de novembro. A
nova sigla, que tem como pauta principal a luta pelos direitos das
mulheres, busca assinaturas para conseguir o registro junto ao TSE e
poder concorrer nas eleições de 2016.
Segundo um dos trechos do texto de apresentação do novo partido, “o PMB surgiu da força de vida radicado na experiência de mulheres progressistas; de mulheres e homens que manifestaram sempre a sua solidariedade com as mulheres privadas de liberdades políticas, vítimas de opressão, da exclusão e das terríveis condições de vida”.
Segundo um dos trechos do texto de apresentação do novo partido, “o PMB surgiu da força de vida radicado na experiência de mulheres progressistas; de mulheres e homens que manifestaram sempre a sua solidariedade com as mulheres privadas de liberdades políticas, vítimas de opressão, da exclusão e das terríveis condições de vida”.
Umas
das articuladoras do processo de busca por assinaturas, Josélia Maria
esclarece que apesar de a mulher ser principal foco, o PMB não se trata
de um partido feminista e está aberto para receber homens e mulheres na
composição de seus quadros.
“O
partido nasceu da necessidade de inserir a mulher nas questões da vida
pública. As mulheres não têm participado da política brasileira tanto
quanto deveria”, afirma Josélia, que é responsável pela atuação do PMB
em Petrolina e no Sertão de Pernambuco. A missão de Josélia é recolher na região, no mínimo, 500 assinaturas com o pedido de registro do partido.
O presidente
do PMB em Pernambuco, Jamerson Dias, explica que o objetivo da nova
sigla é incentivar as políticas públicas voltadas para as mulheres.
Segundo Dias, os partidos enxergam as mulheres apenas como números e não
criam projetos específicos voltados para o segmento. “Eles não
priorizam a criação de creches ou a realização de diagnósticos simples,
como o câncer de mama”, explica.
Outro
eixo de atuação do PMB é a valorização social, ética e profissional da
mulher. De acordo com Josélia, o patrimônio público é melhor conduzido
quando administrado por uma mulher. “A mulher tem mais zelo pela coisa
pública”, disse, usando como justificativa que são pouquíssimas as
mulheres envolvidas nos frequentes escândalos de corrupção.
A
representante do PMB no Estado faz um balanço negativo do primeiro
mandato do governo Dilma Rousseff (PT), primeira mulher presidente do
Brasil, assim como a gestão do PT à frente do Governo Federal de maneira
ampla. As principais críticas de Josélia se direcionam ao Bolsa
Família, maior programa de distribuição de renda e assistencialismo
social do governo do PT.
Josélia
não concorda com o discurso do PT quando afirma que o Bolsa Família
emancipa a mulher, justificando ainda que o programa incentiva a pouca
participação da mulher no mercado de trabalho, aumenta o comodismo e
contribui para a alta taxa de natalidade nas cidades do interior, pois
as mulheres buscam mais filho para receber ou aumentar o valor do
benefício: “Não vi avanços nesse governo. Não somos pedintes e não
precisamos de esmola”, disse a coordenadora.
O
PMB tem como propostas mais investimentos do Governo Federal na
construção de creches e escolas de período integral, para que as
mulheres possam passar o dia no trabalho sem ter que se preocupar em não
ter com quem deixar os filhos: “Essas políticas de assistencialismo
alijam as mulheres. Essa fórmula eu não consigo digerir. É mais
importante criar condições para que a mulher possa trabalhar. Essa
política de comodismo eu não defendo”, concluiu.
Desde
janeiro de 2014, o PMB já recebeu cerca de 400 mil assinaturas de apoio
à sua criação. Para conseguir o registro são necessárias 491. 656
rubricas. “O PMB quer transformar política pública em realidade”, diz
Jamerson, acrescentando que conchavos políticos não vão fazer parte do
PMB. “A pauta será a bandeira da mulher e também do homem e do idoso”,
afirma.
O partido já possui diretórios em 14 Estados da Federação. Foto: Divulgação.