Folha de S. Paulo - Médicos e hospitais ainda não se sentem confortáveis quando o paciente assume o protagonismo do seu problema de saúde e os enchem de perguntas ou questionamentos. Passei por essa experiência no último sábado, após sofrer uma queda e, em seguida, um desmaio em Recife (PE).
Por precaução, fui levada a uma emergência de um hospital privado. O plantonista, um cirurgião plástico, não me examinou, mal me olhou e já pediu um raio-X do joelho direito (que ficou todo ralado com a queda) e uma tomografia de crânio, mesmo após eu e meu acompanhante garantirmos que não havia batido a cabeça (já estava sentada e amparada por um amigo quando apaguei).
Questionei o motivo da indicação da tomografia e se os riscos (radiação acumulada aumenta a chance de câncer) não seriam maiores do que os benefícios (já que o médico mesmo reconhecia que muito provavelmente o exame daria normal porque não havia batido a cabeça). Ele insistiu com os exames e indicou medicação endovenosa para dor e para minha queixa de enjoo.