A folha salarial dos mais de 106 mil servidores das administrações direta e indireta do Estado chegou a quase R$ 500 milhões mensais. É o que mostra o mais recente estudo divulgado pela Secretaria Estadual da Administração (SEAD) sobre as despesas com pessoal. Entre 2014 e 2019, houve um crescimento nominal de 50,93% dos gastos com pessoal, passando de R$ 328,1 milhões, em janeiro de 2014, para R$ 495,2 milhões, em junho de 2019.
Os dados detalham, ainda, que o crescimento da folha por tipo de vínculo, no período de 2014-2019, foi de 173% somente na folha dos servidores aposentados, seguido da folha dos pensionistas, com 48,3%. O menor crescimento, de 5,9%, foi na folha dos servidores ativos.
“Nós resolvemos estudar todas as folhas de pagamentos, alinhar a metodologia e realizar o estudo no semestre, evitando possíveis inconsistências”, explicou a secretária de Administração, economista Virgínia Ferreira. De acordo com o levantamento do Governo do Estado, a folha de pagamento, dos mais de 106 mil vínculos, os ativos são 48,9%, enquanto os inativos (aposentados e pensionistas) chegam a 51,1%, evidenciando uma situação de desequilíbrio no quadro de servidores da Administração Pública Estadual.
Segundo o estudo da SEAD, em janeiro de 2014, por exemplo, os vínculos ativos representaram 64,7% da folha, ao passo que os vínculos inativos representaram 35,3%. Nesse período, o número de vínculos ativos na folha de pagamento reduziu 22,2%, enquanto o número de vínculos inativos cresceu 49%. No tocante ao valor mensal da folha, no mesmo período houve um crescimento nominal de 50,93%, passando de R$ 328,1 milhões em janeiro de 2014 para R$ 495,2 milhões em junho de 2019.