Por isso, tem realizado mobilizações, reuniões e solicitações oficiais a prefeituras e aos Governos do Estado e Federal. Além disso, a entidade defende que toda a população tenha acesso à vacina enquanto direito social, garantido com recurso público.
“Enquanto profissionais que atuam nas políticas sociais, estamos na linha de frente, atendendo às famílias e usuárias/os, buscando a viabilização de direitos que têm sido negados”, explica a presidenta do CRESS-RN, Angely Cunha. “Temos contato direto com a população e o compromisso ético de atuar em situações de calamidade pública, arriscando nossas vidas e dos nossos familiares”.
Angely ressalta que a distribuição da vacina na maioria dos municípios tem seguido um fortalecimento da desigualdade entre as categorias profissionais que atuam nos mesmos serviços e estão correndo riscos de contaminação direta ou cruzada, por falta de condições de trabalho.
“A falta de equipamentos de segurança tem proporcionado a contaminação de diversas/os profissionais, por isso não existem respaldos científicos para que determinada categoria tenha mais prioridade que outras, até porque convivem no mesmo espaço”, acrescenta a presidenta.
Sobre a vacinação em massa para toda a população, o Serviço Social defende que o planejamento envolva etapas de execução com previsão de médio e longo prazo. “Se vacinar também significa solidariedade de classe, compreender que vivemos em sociedade e que o vírus é resultado da destruição da natureza em prol da acumulação da riqueza”, analisa.
“O momento é de entender que a vida é coletiva, e isto envolve valores humanos, pacto com a vida”, reforça Angely. “Infelizmente, temos como representante federal um governante que desconsidera todas as lutas sociais, banaliza a vida e retrocede em muitos direitos sociais conquistados por meio das mobilizações”.