O paciente esperou dois meses pelo atendimento, que não deu tempo de acontecer. Nos últimos três meses, a fila de pacientes aguardando procedimentos vasculares mais que dobrou no RN: passou de 147 para 300 pessoas entre o fim de julho e o início de novembro. O Hospital da PM está operando com sua capacidade máxima de 30 leitos vasculares. O Conselho Regional de Medicina fez críticas à gestão do Governo na área da saúde.
A demora no atendimento e a falta de perspectiva de melhora do quadro colocam centenas de pacientes diabéticos em risco elevado de morte e de amputações que poderiam ser evitadas, analisa o cirurgião vascular Gutenberg Gurgel. Ele considera que situação do Estado é gravíssima.
“Às vezes as pessoas subdimensionam os pacientes diabéticos, que precisam dessas cirurgias. Há casos em que outros problemas se somam a isso como cardiopatias ou alteração circulatória nas pernas. O poder público não enxerga isso como grave porque às vezes é o pé, é o dedo que está sendo considerado e não a vida do paciente”, detalha.