Em 11 de julho de 2017, a atual governadora do Rio Grande do Norte (RN) a então senadora Fátima Bezerra, ao lado das colegas Gleisi Hoffmann (ambas na foto) e sua patota protagonizou uma cena que entrou para a história recente do Congresso: ocuparam a mesa do Senado para tentar impedir a votação da reforma trabalhista. O episódio foi tratado à época como um “ato de resistência” pelos partidos de esquerda.
Agora o roteiro se repete – mas os papéis se invertem. Deputados da oposição ocuparam a mesa da Câmara dos Deputados cobrando uma postura do presidente da Casa, Hugo Motta. A diferença? Agora, os petistas, que outrora exaltaram o gesto como legítimo, acusam a oposição de promover uma “baderna”. A pergunta que ecoa em Brasília é simples: quando o PT fazia, era democracia; quando os outros fazem, é desrespeito? É somente uma pergunta.