A partir desta quarta-feira (6), entra em vigor o temido tarifaço dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros — e o sal marinho do Rio Grande do Norte está na lista das vítimas. Mesmo com adiamentos e tentativas de negociação, o setor salineiro potiguar não escapou da medida imposta pelo governo norte-americano. A nova tarifa de 50% sobre o sal potiguar torna praticamente inviável a concorrência com países como Chile, México, Egito e Namíbia, que têm acesso ao mercado americano com impostos significativamente menores.
O Sindicato da Indústria da Extração do Sal (SIESAL-RN) classifica o cenário como devastador. A entidade já começa a contabilizar os prejuízos e projeta sérias dificuldades para manter a competitividade internacional. Com o novo cenário, exportar para os EUA, principal mercado comprador, se torna economicamente desvantajoso — o que ameaça empregos, investimentos e a própria sobrevivência de parte do setor. O impacto no Rio Grande do Norte, responsável por mais de 95% da produção nacional de sal marinho, poderá ser profundo, com reflexos sociais e econômicos especialmente na região salineira do estado.