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3 de julho de 2019

Cachaça potiguar é eleita melhor do mundo por instituto especializado em bebidas

A cachaça potiguar Samanaú é considerada a melhor cachaça envelhecida do mundo. A marca conquistou, nos Estados Unidos, a medalha de ouro da revista norte-americana Tastings, que é especializada em degustação de bebidas alcoólicas de todo o mundo.

O resultado foi divulgado nessa segunda-feira (1º). A avaliação foi feita por um corpo de jurados do Instituto de Testes de Bebidas (Beverage Testing Institute, em inglês), uma empresa independente de pesquisa de bebidas alcoólicas de terceiros, que conduziu testes de sabor às cegas. A cachaçaria orgânica potiguar obteve a melhor nota entre as cachaças analisadas.

O proprietário da Cachaça Samanaú, Dadá Costa, afirma que o prêmio, somado à repercussão da conquista feita pela imprensa, pode fomentar a produção e o mercado. “Se eu ganhasse esse premio quando a mídia não existia como existe hoje, talvez não resultasse em muita venda. Mas, agora, tenho certeza que aumentará, porque as informações circulam todo o Brasil. Hoje em dia, recebemos pedidos do país inteiro”.

“Tenho certeza que vamos dobrar a produção. Vendemos, hoje, apenas 20% da capacidade de produção, mas a expectativa é conseguir dobrar esse número ainda em 2019”, conta.

De acordo com Costa, esse não é o primeiro prêmio que a marca conquista no mercado internacional. Tanto a cachaça envelhecida quanto a prata já receberam outras premiações em Chicago (EUA) , Nova Iorque (EUA) e Bruxelas (Bélgica), somando cinco premiações com a última recebida.

“Essa medalha é o reconhecimento e a valorização do trabalho que vem sendo desenvolvido com a Samanaú para entregar ao consumidor uma cachaça artesanal orgânica de qualidade. Coroa também a nossa fase de internacionalização”, diz o empresário.

“Pelo que eu sei da historia da Samanú e da nossa dedicação em elaborar um produto de excelência, esse prêmio faz jus ao nosso trabalho”, apontou Costa.

Em maio, a empresa começou a exportar produtos para as Filipinas. Além do país asiático, também está prospectando clientes para os novos produtos na Alemanha, Estados Unidos e Áustria. “Percebemos que a Alemanha tem um olhar diferenciado e valoriza o produto orgânico. Percebemos a receptividade nesse novo mercado”, relata o empresário.

Origem da cachaça
Com a construção da Barragem Passagem das Traíras em 1994, perenizando o Rio Seridó, foi incrementado o cultivo da cana de açúcar e a ideia de transformá-la em cachaça. A empresa começou a funcionar em maio de 2004, quando foi instalado no Sítio Samanaú um alambique artesanal.

Segundo o historiador Luís da Câmara Cascudo, o nome origina-se de “camana-u”, que significa colina, elevação, por isso a Serra da região era chamada de Samanaú. A Serra de pedras listradas de preto, que hoje se chama São Bernardo, dá nome a cachaça genuinamente artesanal que passou a fazer parte da tradição e da cultura seridoense.

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