“O novo presidente da Petrobras, que é o Silva e Luna, está com uma reserva de aproximadamente R$ 3 bilhões para atender esses mais necessitados. Seria um vale-gás, seria um equivalente, da forma como está sendo estudado até agora, a um botijão de graça a cada dois meses”, afirmou Bolsonaro.
Ainda de acordo com Bolsonaro, a ideia é também reduzir os impostos para a classe empresária, porque “quando o empresário paga menos imposto, sobra mais recurso para ele investir, ele pode contratar mais gente, ele pode expandir o seu negócio. Todos ganham dessa forma”.
Pandemia
Outro assunto abordado pelo presidente na entrevista foi a pandemia. Como em outras ocasiões, ele destacou a importância do auxílio emergencial e do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) para ajudar os trabalhadores informais e formais, respectivamente, criticou medidas restritivas adotas por governadores e prefeitos para conter o avanço do novo coronavírus: “Parte da população queria o lockdown, queria o fechamento, queria se proteger. Como se o lockdown, você ficar em casa por um mês, o vírus ia embora. E eu sempre falei: temos dois problemas pela frente: o vírus e o desemprego. Devemos tratá-los de forma responsável e simultânea”.
Além disso, sugeriu que as restrições contribuiram para acelerar a inflação, voltou a se defender das acusações de que o governo teria demorado para adquirir vacinas e disse que “se as vacinas realmente forem efetivas para todas as cepas[do coronavírus], mais dois meses no máximo nós estamos na normalidade”. Segundo Bolsonaro, o motivo não ter qualquer imunizante ainda — e de optar por ser o último a receber — é dar a oportunidade para pessoas “apavadoras” com a pandemia.
Defesa do voto impresso e da cloroquina
Retomando discurso feito em transmissão ao vivo pela internet na última 5ª feira (29.jul), Bolsonaro defendeu a implementação do voto impresso, que classificou como “voto democrático”. “É você votar e ter a certea que o voto foi para o João e não para a Maria. E hoje em dia isso não é psosível de se realizar. Temos muitos indícios fortísimos de que não estamos tendo, já há algum tempo, eleições democráticas no nosso país e nós queremos evitar problemas para [20]22”, afirmou, ignorando mais uma vez maifestações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o desmentiram.
Em outro momento, defendeu novamente a utilização de medicamentos de eficácia não comprovada ou ineficácia constada contra a covid-19. “Quem foi para o precoce, como eu fui, e tomei a hidroxicloroquina, no dia seguinte estava bom”, pontuou.
Críticas do presidente
Críticas feitas pelo chefe do Executivo na entrevista foram direcionadas também à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, ao Partido dos Trabalhadores (PT) e à esquerda. Bolsonaro chamou a investigação no Senado de “completamente política” e afirmou que atrapalha seu governo. “Tem muia gente que acredita ainda naquela CPI. Você pode ver, eles partiram lá da cloroquina, gabinete paralelo, um muntão de coisa, e chegaram lá a última ação deles é que nós aí é que nós tínhamos um plano de corrupção”, argumentou.
Crise hídrica
Questionado sobre se há risco de racionamento de energia, o presidente pontuou: “No final do governo FHC, tivemos uma grande crise elétrica no Brasil, e agora nós estamos em uma crise mais grave do que aquela, só que ao longo desse anos todos houve o investimento em outras fontes de energia”. Ainda em relação ao tema, citou a capacidade de a energia eólica atender toda a demanda do nordeste e afirmou que o país devia “ter investido mais em energia nuclear”.