Do interior do Rio Grande do Norte [São José do Seridó]
chega um exemplo de aproveitamento de água que pode ajudar muitas
outras comunidades do nordeste brasileiro. No sertão nordestino, a 280
quilômetros de Natal, a falta de chuva dá a cor da paisagem. Do chão
seco, o gado custa a tirar alimento. Água na superfície lá é coisa rara:
só é encontrada nos poços, perfurados a mais de 50 metros de
profundidade. Mas por causa do solo, de formação rochosa, a água vem
salgada, imprópria para o consumo. Por isso precisa passar por um
equipamento, o dessalinizador (CLIQUE AQUI para assistir o vídeo).
“Com a chegada do dessalinizador foi tudo uma maravilha porque além
da gente ter uma água de boa qualidade, as doenças não atingiram mais”,
afirma Eva Toscano de Araújo, responsável pela manutenção. Mas depois de
processada, a maior parte da água era descartada. A cada mil litros de
água que vem do subsolo, 700 litros têm concentração de sal semelhante à
água do mar, é chamada de rejeito. Por isso tem que ficar em tanques de
concreto como os mostrados no vídeo acima. Mas evaporam com muita
dificuldade, o que gera problemas. O maior deles é a infiltração dessa
água salgada no subsolo, poluindo o aquífero.