Depois da reforma trabalhista relatada pelo deputado potiguar Rogério Marinho (PSDB), o número de empregados com carteira assinada atingiu, em novembro, o menor nível dos últimos cinco anos, mostrou a Pnad Contínua, pesquisa nacional do IBGE, divulgada na sexta (29). Mantem a tendência dos últimos meses, o desemprego segue em queda devido ao aumento da geração de vagas informais, sem a proteção e os benefícios da lei trabalhista.
O contingente de trabalhadores com carteira atingiu 33,2 milhões de pessoas no trimestre encerrado em novembro, o menor nível da série iniciada em 2012. Desde abril de 2015, quando a formalização começou a cair, cerca de 3 milhões de postos com carteira foram perdidos. É como se toda a população do Uruguai ficasse sem trabalho formal. Em um ano, entre o trimestre encerrado neste novembro e o igual período de 2016, 857 mil pessoas perderam empregos com carteira. Especialistas dizem que em período de crise é comum o aumento da informalidade.
Pelos critérios do IBGE estão na informalidade o trabalhador sem carteira, quem atua por por conta própria (pequenos empreendedores sem empregados), e trabalhadores domésticos não são formalizados pelos patrões. É esse contingente que tem empurrado para baixo as taxas de desemprego.