Com uma segunda onda sem controle, em janeiro —segundo dados ainda passíveis de atualização para mais— foram 29.782 óbitos pela doença causada pelo novo coronavírus. O recorde até então havia sido batido em julho, quando 29.723 morreram por covid-19.
O número de mortos em janeiro supera, inclusive, a soma de mortes por covid-19 entre outubro e novembro (quando tivemos os menores números até aqui de óbitos pela doença).
Diferente dos dados das secretarias estaduais —e consequentemente do Ministério da Saúde e do consórcio de imprensa—, os dados dos cartórios se baseiam na data de óbito, e não no dia do registro da confirmação da infecção por covid-19 (o que muitas vezes leva dias após a morte).
Ontem, essa média móvel de registros diários medida pelo consórcio, por sinal, alcançou o maior número da pandemia: 1.105 casos, sendo a primeira vez que ficou acima de 1.100 desde a chegada da covid-19 no país.
Os dados do Portal da Transparência da Arpen têm um prazo de até 15 dias para serem inseridos no sistema. Entretanto, em muitos casos, esse prazo pode variar para mais, o que torna possível inserções no banco de dados referente a mortes após esse período.