A presidenta Dilma Rousseff viajou para São Paulo tão logo foi concluída a
solenidade de lançamento do novo marco regulatório de mineração, e está reunida
com o ex-presidente Lula, sempre citado por ela como "doutor em massas". O
Palácio do Planalto não admite nem sequer que Dilma cancelou sua agenda para a
conversa com Lula, mas políticos aliados afirmam que a presidenta ficou muito
preocupada, "assustada" até, segundo um senador, com as manifestaões que levaram
cerca de 300 mil pessoas às ruas em todo o Brasil, nesta segunda-feira.
O
entusiasmo juvenil dos manifestantes e a aparente ausência de lideranças ou de
comando foram aspectos que mais a impressionaram. É tema da reunião, também, a
suspeita de que cinco assessores da Presidência da República, três deles
subordinados ao ministro Gilberto Carvalho (secretaria-geral), estão envolvidos
na organização do ato de protesto realizado sábado, em Brasília, nas imediações
do Estádio Nacional Mané Garrincha, quando houve tentativa de invasão para
tentar impedir o jogo de abertura da Copa das Confederações. Carvalho é o
principal representante do ex-presidente Lula no governo Dilma.