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8 de julho de 2013

Joaquim Barbosa é flagrado em contradição no auge da popularidade

Frente a frente à opinião pública, se quiser cair na tentação apontada pelo Datafolha, que o viu com 30% dos votos para presidente dentro das manifestações populares, Joaquim Barbosa terá de se explicar. Em palanques reais e eletrônicos, alguém vai lhe perguntar, por exemplo, porque diz uma coisa e faz outra.
 
Moralizador e austero em seus discursos, na prática ele não consegue se distinguir de seus pares no uso de expedientes que estão sob severo julgamento da sociedade. Como Barbosa irá se declarar inocente desses pecados, do ponto de vista do público, se continua sendo pego em flagrante no uso das mesmas mordomias?

No Conselho Nacional de Justiça, o presidente do STF atacou como "esdrúxulas" algumas benesses aos magistrados, como o pagamento de atrasados de auxílio-alimentação, prometendo criar legislação contrária. Mas o próprio Barbosa. no passado, não se fez de rogado, quando era promotor público, ao embolsar R$ 580 mil na forma de pagamentos de bônus salarial, uma espécie de compensação ao auxílio-moradia de deputados e senadores, e licenças-prêmio atrasadas.

Outros paradoxos foram descobertos logo após a pesquisa eleitoral ter expandido ao máximo, até aqui, a bolha de popularidade do presidente do STF. Depois de ter ordenado, no ano passado, uma ampla reforma nos banheiros de seu gabinete, Barbosa chamou atenção pelo uso constante, todas as semanas, de passagens Rio de Janeiro-Brasília-Rio de Janeiro para os deslocamentos entre sua residência e o STF. Um benefício histórico de diferentes cargos oficiais, mas que pune moralmente quem, como Joaquim, se diz um paladino da austeridade.

Fonte: Jornal de Luzilândia
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