Cientistas encontraram na Formação Crato, localizada na bacia do
Araripe, no Ceará, um fóssil de uma cobra de quatro patas. Com
aproximadamente 120 milhões de anos e 20 centímetros de comprimento, o
fóssil sugere que as serpentes evoluíram a partir de ancestrais
terrestres, não marinhos como se acreditava. A descoberta do britânico
David Martill, do americano Nicholas Longrich e do alemão Helmut
Tischlinger foi publicada na revista Science desta sexta-feira, 24.
A descoberta ganhou o nome de Tetrapodophis (“serpente de quatro
patas”, em grego). Segundo os cientistas, pelo formato e tamanho das
patas, as cobras as utilizavam para agarrar presas e apertar o par no
acasalamento. O fóssil foi preservado com restos de um pequeno animal no
intestino. “A parte da frente do fóssil – que parece estar completa e
tem todos os ossos em suas posições originais – está enrolada, o que
demonstra uma extrema flexibilidade dos membros”, disse Nicholas
Longrich.