Pessoas que sofreram exposição ao vírus da aids, como em um acidente de
trabalho, violência sexual ou que tiveram uma relação sexual consentida,
sem preservativo, poderão buscar medicamento preventivo na rede
pública. O Ministério da Saúde criou regras para oferecer remédios
destinados a prevenir a contaminação pelo HIV depois da exposição ao
risco. O consumo do preventivo, conhecido como profilaxia pós-exposição
(PEP), dura três meses. O aconselhável é que a pessoa procure o serviço
de saúde até 72 horas depois da exposição de risco, mas o ideal é que
seja até duas horas depois.
O coquetel de medicamentos é oferecido desde 1990 a profissionais de
saúde após contato com material potencialmente contaminado. Em 1998, a
PEP foi liberada para vítimas de violência sexual. A partir de 2011,
qualquer pessoa que teve relação sexual de risco passou a ter direito ao
tratamento, mas até hoje ainda não havia regras para a indicação.
Na prática, com o documento publicado hoje no Diário Oficial da União,
o governo pretende ampliar a oferta e facilitar a prescrição dos
medicamentos para que, mesmo em serviços sem médicos especialistas, o
paciente possa receber o remédio e prevenir a infecção.O primeiro atendimento após a exposição ao HIV é considerado
emergência médica. Ao todo, são 28 dias consecutivos de uso dos quatro
medicamentos antirretrovirais previstos no protocolo: tenofovir,
lamivudina, atazanavir e ritonavir.