Novos testes demonstram que as conexões sem fio Li-Fi, que usam luz
para trocar dados, não só são absolutamente viáveis do ponto de vista
comercial, como se mostraram extremamente mais rápidas que as redes
Wi-Fi convencionais, que usam ondas de rádio para trocar dados. De
acordo com os testes realizados na Estonia, no estágio atual de
desenvolvimento, o Li-Fi pode transmitir dados a 1 Gbps (gigabit por
segundo), velocidade 100 vezes maior do que a média do Wi-Fi atual.
Cientistas da Estonia estão levando sistemas que usam essa tecnologia
para funcionar em casas e escritórios de Tallinn, capital do país. A
pesquisa é patrocinada pela Velmenni, uma empresa de tecnologia
interessada em comercializar a tecnologia.
A ideia por trás do Li-Fi é o uso de luz visível como meio de transmissão de informação. O sistema funciona usando luz de LED que modula sua intensidade a frequências muito altas, imperceptíveis ao olho humano. Esse piscar da luz é responsável por transmitir os 0 e 1 que fazem a estrutura da informação a ser captada pelos dispositivos conectados na rede.
A melhor analogia possível para entender o mecanismo é o código
Morse, que pode ser transmitido com luz. Além da alta velocidade, o fato
da luz não atravessar paredes faz do Li-Fi uma rede muito mais segura
do que o Wi-Fi.
Além dos estudos realizados na Estônia, outras empresas europeias
desenvolvem os primeiros dispositivos e interfaces com vistas a
aplicações comerciais no futuro próximo. A Oledcomm, por exemplo,
desenvolve uma rede Li-Fi para ser usada num hospital francês enquanto
que a PureLiFi, criada pelo inventor dessa tecnologia, já oferece a
instalação de redes que atingem velocidades de 11,5 MB por segundo.
No momento, os principais projetos em torno do uso de redes Li-Fi
giram em torno da ideia de reaproveitar as estruturas atuais de
transmissão wireless já instaladas em empresas e residências como forma
de diminuição de custos.