Pesquisa Datafolha
divulgada neste sábado revela: 47% dos eleitores dizem que jamais
votariam em Lula. Entre os potenciais presidenciáveis nenhum outro
ostenta taxa de rejeição tão vistosa. Aécio é refugado por 24% do
eleitorado. Alckmin e Marina são enjeitados por 17% dos pesquisados.
A três anos de 2018, Lula tornou-se um ex-Lula também quando medido
pela taxa de intenção de votos. Num cenário com Aécio, o tucano lidera a
sondagem com 31%, nove pontos percentuais acima de Lula (22%).
Marina (21%) aparece grudada nos calcanhares de vidro do morubixaba petista, tecnicamente empatada com ele. Num hipotético segundo turno entre Aécio e Lula, o tucano prevaleceria por 51% a 32% se a eleição fosse hoje.
Marina (21%) aparece grudada nos calcanhares de vidro do morubixaba petista, tecnicamente empatada com ele. Num hipotético segundo turno entre Aécio e Lula, o tucano prevaleceria por 51% a 32% se a eleição fosse hoje.
Substituindo-se Aécio por Alckmin, Marina assume a liderança com 28% seis pontos percentuais à frente de Lula (22%) e dez pontos adiante de Alckmin (18%). Num segundo turno entre Marina e Lula, a candidata da Rede venceria a eleição por 51% a 31%. Num tira-teima entre PSDB e PT, Alckmin venceria Lula por 45% a 34%.
Lula caiu do pedestal, eis a principal informação contida na sondagem
do Datafolha. Ele já foi pessoalmente imbatível. Em 2006, reelegeu-se
cavalgando o escândalo do mensalão. Em 2010, eletrificou Dilma, seu
poste. No ano passado, apesar do estrago promovido pelos delatores da
Petrobras, conseguiu novamente carregar a pupila nas contas, mesmo tendo
que anabolizar a propaganda de João Santana.
Hoje, Lula tornou-se o fardo de si mesmo. A ruína ético-financeira
que carcome a gestão da falsa gerentona exerce sobre Lula os efeitos de
uma espécie kriptonita, a pedra usada na ficção pelos inimigos do
Super-Homem para minar-lhe os superpoderes. A diferença entre realidade e
ficção é que Lula não precisou de nenhum Lex Luthor para se tornar um
político convencional.
Lula dispensa oposicionistas. O melado que escorre da Lava Jato teve
origem na sua administração. O escândalo caiu no colo da sucessora, que
teve de abolir do vocabulário sua expressão favorita: “herança maldita”.
De resto, a capacidade gerencial de Dilma é uma fábula 100% criada por
Lula.
No final dos seus dois reinados, em 2010, Lula era considerado o
melhor presidente que o Brasil já teve por 71% dos eleitores. No final
de 2014, o índice despencou para 56%. No último mês de abril, caiu pra
50%. Hoje, apenas 39% avaliam que nunca antes na história desse país
houve um presidente como Lula. Depois de tanta tempestade, começa a
chegar a cobrança.