Responsável
pelos processos da Lava Jato na primeira instância, o juiz federal
Sérgio Moro afirmou ao Blog que ficou "tocado" com o apoio da população à
operação que investiga o esquema de corrupção que atuava na Petrobras.
Neste domingo (13), milhões de pessoas que saíram às ruas do país para protestar contra o governo Dilma Rousseff defenderam com faixas, cartazes, camisetas e máscaras o trabalho de Moro e dos demais investigadores da Lava Jato.
Neste domingo (13), milhões de pessoas que saíram às ruas do país para protestar contra o governo Dilma Rousseff defenderam com faixas, cartazes, camisetas e máscaras o trabalho de Moro e dos demais investigadores da Lava Jato.
Em nota enviada
ao Blog de Cristiana Lôbo, o magistrado ressaltou que, apesar das
referências ao seu nome, ele credita o apoio da população ao "êxito até o
momento" do trabalho da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e
de todas as instâncias do Judiciário.
Segundo Moro, é
importante que as autoridades e os partidos "ouçam a voz das ruas".
Além disso, ressaltou o magistrado, os governantes devem se comprometer
com o combate à corrupção.
Leia a íntegra da análise das manifestações deste domingo feita ao Blog pelo juiz federal Sérgio Moro:
Neste dia 13, o Povo brasileiro foi às ruas. Entre os diversos motivos, para protestar contra a corrupção que se entranhou em parte de nossas instituições e do mercado. Fiquei tocado pelo apoio às investigações da assim denominada Operação Lavajato. Apesar das referências ao meu nome, tributo a bondade do Povo brasileiro ao êxito até o momento de um trabalho institucional robusto que envolve a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e todas as instâncias do Poder Judiciário. Importante que as autoridades eleitas e os partidos ouçam a voz das ruas e igualmente se comprometam com o combate à corrupção, reforçando nossas instituições e cortando, sem exceção, na própria carne, pois atualmente trata-se de iniciativa quase que exclusiva das instâncias de controle. Não há futuro com a corrupção sistêmica que destrói nossa democracia, nosso bem estar econômico e nossa dignidade como País. 13/03/2016, Sérgio Fernando Moro.