Um avião da companhia aérea egípcia Egyptair, que faria a rota
Alexandria/Cairo, foi sequestrado na madrugada desta terça-feira (29)
por um homem que estaria com um cinturão de explosivos amarrado ao
corpo, informou o Ministério de Aviação Civil do Egito. Por volta das 7h, sete pessoas permaneciam na aeronave sob poder do sequestrador.
A aeronave, um Airbus A320, decolou do Aeroporto Burg al Arab, em
Alexandria, foi desviado de sua rota por volta de 8h30 (local) e pousou
no Aeroporto de Larnaca, no Chipre, 20 minutos após o comandante Omar Yamal avisar a torre de controle cipriota. O avião estacionou em uma área isolada foi observado de longe por
policiais. As negociações começaram logo após a aterrissagem da
aeronave. O presidente cipriota descartou que a ação esteja relacionada a
terrorismo, segundo a France Presse.
A Egyptair confirmou que 81 pessoas estavam a bordo do Airbus, contando com os integrantes da tripulação. Uma rádio local noticiou que o homem teria pedido asilo ao Chipre. A
Reuters apurou que o sequestrador é um cidadão egípcio chamado Ibrahim
Samaha e que sua mulher, cujo nome não foi divulgado, viveria no Chipre. As agências de notícias especulam que o homem disse ter bombas ao corpo, mas as autoridades não confirmaram a informação. O ministro da avição egípcio, em entrevista coletiva, não mencionou informações sobre o sequestrador.
Por volta de 4h30 (no Brasil), o sequestrador libertou a maior parte
dos passageiros, segundo a Egyptair. Mais de uma hora depois, ele
libertou quatro passageiros estrangeiros (as nacionalidades não foram
informadas). A tripulação (ao menos 7 pessoas), no entanto, foi mantida
refém. Às 6h30, a France Presse informava que quatro tripulantes e três
passageiros seguiam retidos na aeronave.
A polícia local está em alerta e o ministro cipriota da Ordem Pública,
Ionas Nikolaou, foi chamado para uma reunião de emergência. Por conta do sequestro, o Chipre fechou o Aeroporto de Larnaca. Os voos foram desviados para outros complexos. Ao menos 21 estrangeiros de oito nacionalidades viajavam no avião: oito
norte-americanos, quatro holandeses, quatro britânicos, dois belgas, um
francés, um sírio e um italiano.