“É uma situação muito séria, o corredor está cheio de pacientes, inclusive dos dois lados”, afirmou Rosália Fernandes, diretora do Sindsaúde e assistente social do hospital. De acordo com o levantamento feito pelo sindicato, quatro pacientes permanecem intubados no Centro Cirúrgico. Outros três, também entubados, aguardam vaga de UTI no setor de Politrauma, e mais um paciente entubado está no setor de atendimento clínico.
Com a ocupação das salas por pacientes que não podem ser transferidos, apenas duas salas de cirurgia seguem em funcionamento. Técnicos e técnicas de enfermagem relataram sobrecarga de trabalho, já que precisam atender tanto os pacientes internados nas salas bloqueadas quanto os procedimentos em andamento.
O sindicato afirma que a superlotação no Walfredo Gurgel é recorrente e que os problemas não foram resolvidos por gestões anteriores ou pela atual, da governadora Fátima Bezerra (PT). Segundo o Sindsaúde, “as soluções apresentadas pelo governo Fátima Bezerra e seus antecessores só foram paliativas e ineficazes”. A entidade defende maior investimento na atenção básica e nos hospitais regionais como medida para enfrentar a crise.