O UBS destaca que apesar da popularidade estar muito abaixo do necessário para vencer as eleições, o ano de campanha eleitoral tende a turbinar os números. Foi assim com o próprio Bolsonaro, que conseguiu chegar aos 49,1% dos votos no segundo turno. Os analistas afirmam que é comum observar uma melhora de 8 a 10 pontos percentuais na aprovação durante o ano eleitoral, possivelmente devido a fatores como aumento de gastos públicos, maior presença na mídia e ações de campanha.
Mesmo considerando a melhora esperada, a diferença atual indica que Lula precisaria conquistar pelo menos 11 pontos para alcançar o patamar mínimo observado em governos bem-sucedidos em se manter no poder em eleições passadas.
Dessa forma, os próximos meses serão decisivos para o governo, que terá dificuldades de conquistar a reeleição ou emplacar um sucessor se não mobilizar estratégias efetivas para recuperar popularidade. Com base em mais de 40 anos de dados, o relatório reforça que a popularidade é um fator determinante para avaliar as chances eleitorais de um governo. O banco considera dados do Datafolha, Ibope, MDA, Poder360, Quaest, Paraná Pesquisas e Futura.